O Museu Universitário da PUC-Campinas lançou, no último dia 10 de junho, no Pátio dos Leões, o projeto “Minha História Passou por Aqui”. Direcionado à professores, ex-professores, funcionários, ex-funcionários e egressos que passaram pelo Campus Central entre os anos de 1941 e 2015, a sua finalidade é recolher, além de depoimentos, fotografias e documentos que poderão ser doados ou emprestados.
Além disso, o Museu está procurando atrair o compartilhamento de histórias e memórias que evidenciem a inter-relação dos sujeitos que tiveram as suas vidas, pessoal e profissional, impactadas de alguma maneira pelo local, focando na afetividade, identidade e engajamento de toda a comunidade.
Enquanto que ao longo deste mês de julho serão gravados estes relatos históricos, em agosto, será a vez da organização e seleção das histórias, imagens e registros para a exposição e, a partir do dia 19 de setembro até o final de outubro, no Pátio dos Leões, haverá a exibição do material coletado, destacando momentos históricos da edificação e seus usos ao longo dos anos.
O lançamento de um livro, com compilação das histórias e imagens do projeto, acontecerá no próximo dia 3 de novembro, junto à entrega de uma parte restaurada do Solar do Barão de Itapura, onde fica o Pátio dos Leões e esteve instalada, inteira ou parcialmente, ao longo de 74 anos, a PUC-Campinas. Ao final, uma exposição virtual terá lugar a partir de janeiro do ano que vem.
História e afetividade
De acordo com o coordenador do Museu Universitário da PUC-Campinas, o museólogo Rodrigo Luiz dos Santos, a escolha do tema “Minha História Passou por Aqui” reflete a história e a afetividade da Universidade, principalmente com a ativação de memórias e histórias de sua comunidade acadêmica, enfatizando a importância das experiências vividas no Campus Central e como elas moldaram a identidade dessa comunidade. “A ideia é, para além de colher as informações, documentar em vídeo as lembranças das pessoas que quiserem participar com depoimentos, que serão gravados no próprio lugar homenageado”, esclarece.
Ele diz ainda que outro grande fio condutor do projeto é formar um acervo de imagens que testemunhem diversos momentos históricos da edificação e de seus usos, da vivência dos alunos e dos professores, da ambiência das salas de aula e do cotidiano da vida estudantil no local. “As pessoas que quiserem compartilhar fotos e documentos não precisarão doar ao acervo do Museu Universitário. As imagens poderão ser encaminhadas em formato digital ou serem digitalizadas pela equipe do nosso museu”, explica.
“O projeto visa contar a história do Campus Central a partir das vivências e experiências de quem passou pelo prédio. Podemos dizer, que é a construção conjunta da história, de modo colaborativo e com olhares distintos sobre um mesmo lugar. São histórias que estão adormecidas em cada um e que queremos trazer à tona para um grande livro de registros de memórias que se desdobrará nas seguintes ações: a exposição ‘Minha História Passou por Aqui’, nos meses de setembro e outubro; a publicação do livro “Eu Faço Parte dessa História”, em dezembro; e uma exposição virtual, em janeiro do ano que vem”, comenta Rodrigo.
Um quebra-cabeça da história
O coordenador do Museu Universitário diz ainda que, “nos últimos meses, conversamos com diversas pessoas, principalmente as que tem participado dos eventos da Agenda Cultural do Pátio dos Leões, e tem sido uma delícia. Todas possuem lembranças ricas, cheias de detalhes e sentimentos, como lembranças dos professores, das salas de aulas, das atividades estudantis, da vida pulsante em torno do Campus Central. Foi através dessas conversas informais que montamos esse projeto, afinal, não podemos perder esses fragmentos de história. Eles nos ajudarão a montar um grande quebra-cabeça da história de um espaço emblemático que vivenciou muitas coisas ao longo de mais de setenta anos”.
Ele finaliza explicando que “o estudo da memória social no contexto da preservação do patrimônio edificado se apresenta como uma abordagem essencial para compreender o valor simbólico atribuído a determinados espaços. O Campus Central da PUC-Campinas não é apenas uma construção física, mas também um território de significados, afetos e narrativas compartilhadas”.
Como participar?
Os interessados em realizar um depoimento, enviar fotografias e documentos ou compartilhar histórias e memórias sobre o que viveu no Campus Central deverão entrar em contato com o Museu Universitário da PUC-Campinas através do telefone (19) 3343-5855 ou pelo e-mail museu@puc-campinas.edu.br. Após esse contato inicial, será disponibilizado aos interessados um pequeno formulário ou haverá uma conversa por telefone para que, individualmente, seja construída a colaboração de cada um.
Para saber mais sobre o restauro do Solar do Barão de Itapura, é só clicar aqui.