Saiba a diferença entre leite e composto lácteo

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Aí a mãe vai no supermercado... as latas uma ao lado da outra... e ela só percebe quando abriu a lata e a criança reclama que não é o que costuma beber! Mas você sabe a diferença? Vem ver!

Acabe de vez com a dúvida que surge na hora da compra: apesar de serem similares para o consumidor, cada produto tem uma composição nutricional diferente

Embalagens parecidas e nomes tão similares! Às vezes, é difícil notar a diferença na prateleira, mas leite em pó e composto lácteo são produtos distintos. É importante saber o que difere um produto do outro, principalmente no que se refere ao valor nutricional de cada um.

De acordo com a nutricionista Ana Carolina Netto, idealizadora do Espaço Acolher Nutrição, no Rio de Janeiro, o composto lácteo é um produto feito à base de soro do leite (no mínimo 51% do total do produto) e enriquecido com substâncias variadas. “Entre os principais nutrientes encontrados no composto lácteo, estão os ingredientes vegetais (milho e soja), vitaminas (em especial, A e D) e minerais (zinco e cálcio, por exemplo), com objetivo de melhorar sua qualidade nutricional”, ela explica.

Mas é preciso ter atenção ao levar esses produtos pra casa. Além dos nutrientes mencionados, o composto lácteo também é acrescido de aditivos alimentares e maltodextrina, um extrato derivado do milho, que serve de açúcar e é utilizado para aumentar a palatabilidade da bebida.

Apesar de ser tornar o composto lácteo saboroso, esse componente faz com que a criança adquira um hábito inadequado de alimentação em uma idade determinante para o seu desenvolvimento, preferindo doces e comidas não-nutritivas a refeições balanceadas, segundo Ana.

A especialista em Nutrição Materno-Infantil destaca que o consumo de açúcar dos pequenos deve ser controlado rigorosamente pelos pais. “Mesmo que o composto lácteo indique em sua embalagem que ele pode ser consumido a partir do primeiro ano de vida, órgãos como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) defendem que não se deve oferecer nenhuma dose de açúcar às crianças menores de dois anos”, afirma.

Já o leite é um produto natural, composto por água, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, enzimas e lactose, sendo comercializado de forma fluida ou em pó. Pode ser oferecido para crianças a partir de um ano de idade, desde que não apresentem quadros de alergia à proteína do leite de vaca ou intolerância a lactose ou outros problemas de saúde que indiquem a exclusão da bebida da rotina alimentar.

E para as crianças menores de um ano de idade? A nutricionista Ana Carolina é categórica em dizer que o leite materno segue sendo indicado como alimento exclusivo. “A melhor dica é seguir alimentando a criança com o leite materno mesmo. Inclusive, no geral, o leite materno sempre será o melhor alimento lácteo para a criança até os dois anos”, ela explica.

Apenas em casos de comprometimento para o aleitamento materno deve-se, com a devida orientação pediátrica e acompanhamento do nutricionista, usar fórmulas infantis, estas que não representam nenhum dos produtos citados – nem o composto lácteo, nem o leite encontrado nos mercados.

“Nesse caso, trata-se de um produto exclusivo e substituto do leite que deve ser utilizado dentro das condições e individualidade de cada bebê. Nessas situações, em hipótese alguma o composto lácteo, bebida láctea ou até mesmo o leite de vaca devem ser ofertados”, completa a profissional.


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